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Segurança

Duas barragens do Rio Grande do Sul exigem maior atenção, diz relatório

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Capané, em Cachoeira do Sul, e Santa Bárbara, em Pelotas, foram listadas pela Agência Nacional de Água, em novembro de 2018, por apresentarem riscos. Governo gaúcho salienta que estado não tem barragens de rejeitos.

Duas barragens do Rio Grande do Sul foram listadas no relatório da Agência Nacional de Água (ANA), divulgado em novembro de 2018, por apresentar riscos. Elas ficam em Cachoeira do Sul (Capané) e Pelotas (Santa Bárbara).

Diferente de barragens como a de Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, que se rompeu na última sexta-feira (25), causando mortes e destruição, os reservatórios do estado não são de rejeitos. Têm como principais usos a irrigação e oferecer água aos animais.

Nesta terça-feira (29), será realizada uma reunião do Comitê de Bacia Hidrográfica do Baixo Jacuí para tratar da barragem de Capané, de propriedade do Instituto Riograndense de Arroz (Irga). O tema estava na pauta da secretaria e a reunião havia sido agendada já há alguns dias, informa o governo gaúcho.

O reservatório está trabalhando com capacidade reduzida, para evitar maiores problemas.

“O Irga vem tomando medidas preventivas, como reduzir o nível dela em dois mestros. Operava em 10 e hoje está com oito. Tem uma borda livre de 5,5 metros”, explica o chefe de seção da barragem, Romero de Almeida Oliveira.

O instituto admite que a estrutura de 70 anos já apresentou problemas, mas garante monitoramento uma vez por semana, além de R$ 500 mil em manutenção por ano.

Em Cachoeira do Sul, mais de 20 produtores usam o reservatório. Cerca de 2,5 mil hectares são abastecidos na região. Na propriedade de Rogério Hoerbe são 300 hectares.

“Sem a barragem aqui, praticamente não existe lavoura de arroz, é fundamental”, afirma o produtor.

Com relação à barragem Santa Bárbara, de propriedade do Serviço Autônomo de Abastecimento de Água de Pelotas (Sanep), o secretário do Meio Ambiente e Infraestrutura, Artur Lemos Júnior, conversou com o presidente da empresa, Alexandre Garcia, que informou que estão sendo feitas as intervenções necessárias para corrigir os problemas apontados no relatório. O Departamento de Recursos Hídricos da Semai capacitou agentes do Sanep.

O governo diz que implanta o Sistema de Outorga de Água do Rio Grande do Sul (SIOUT-RS), que terá convergência com os dados das barragens e o Sistema Online de Licenciamento (SOL), que também contempla os dados dos novos barramentos licenciados.

A Semai acrescenta que promoveu oito cursos sobre inspeção visual em barragens de terra, capacitando cerca de 400 profissionais em todo estado. Também diz que mantém contato permanente com a ANA, enviando informações que permitem identificar quais reservatórios estão em situação de atenção.

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