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Homem tenta roubar picanha de supermercado e leva surra de funcionários no RS

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Um caso de tortura dentro de um supermercado da rede Unisuper de Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre, está sob investigação da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) do município.

O episódio aconteceu no dia 12 de outubro, após dois homens furtarem dois pacotes de picanha, que custam em média R$ 100 cada. Ao ser flagrada, a dupla foi conduzida ao depósito do estabelecimento comercial e espancada com socos, chutes e rasteiras por cerca de 45 minutos. Além disso, os homens são ameaçados e agredidos com pedaços de madeira. Os agressores também fotografaram a ação.

Foto: Reprodução

A Polícia Civil só tomou conhecimento do fato porque um dos suspeitos dar entrada no Hospital de Pronto Socorro (HPS) de Porto Alegre com ferimentos graves. Ele tinha diversas fraturas no rosto e na cabeça e precisou ser colocado em coma induzido.

Caso Carrefour é precedente

Em entrevista ao Extra Classe, o frei franciscano David Raimundo dos Santos, da Educafro, disse que a ação gerou um acordo histórico.

“Resultou na maior indenização coletiva da história do país e da América Latina para a comunidade negra em decorrência do assassinato”, destaca o religioso.

O Carrefour firmou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) prevendo o investimento de R$ 115 milhões em ações de enfrentamento ao racismo com a Defensoria Pública do Estado, a Educafro e o Centro Santo Dias.

As autoras da ação afirmam que na abordagem da Glock realizada no Unisuper houve “manifestação explícita de aporofobia (aversão ao pobre) e de racismo”.

As empresas, segundo elas, “violaram o direito fundamental difuso à honra e à dignidade da população pobre e negra do Brasil”.

A exemplo do caso Carrefour, as associações ainda pedem que o Unisuper e a Glock sejam obrigados a adotar uma série de medidas que vão da revisão dos protocolos de abordagem nos estabelecimentos, a inclusão de cláusulas antirracistas e contra discriminação dos mais pobres nos contratos de seus colaboradores.

A criação de um comitê independente e programas de ações afirmativas também é solicitado.

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