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Israel e Brasil trabalharão juntos no resgate das vítimas da tragédia em Brumadinho

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O primeiro-ministro de Israel Benjamin Netanyahu acaba de informar pelo Twitter que ofereceu ajuda ao presidente Jair Bolsonaro para que Israel ajude no resgate das vítimas da tragédia com o rompimento da barragem de Córrego do Feijão, ocorrido na tarde de sexta-feira (25) em Brumadinho, cidade da região metropolitana de Belo Horizonte (MG).

“Após o desastre do colapso da barragem no Brasil, que levou a centenas de pessoas desaparecidas, falei com o presidente Jair Bolsonaro e sugeri a ele que Israel enviasse ajuda imediata ao local para procurar pelos desaparecidos”, escreveu Netanyahu.

Também pela rede social, o presidente Jair Bolsonaro informou sobre o telefonema, dizendo que o Brasil aceita a colaboração tecnológica de Israel.

“Por telefone o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu nos ofereceu ajuda para a busca de desaparecidos no desastre de Brumadinho/MG. Aceitamos e agradecemos mais essa tecnologia israelense a serviço da humanidade”, disse Bolsonaro pelo Twitter.

O presidente brasileiro se disse emocionado diante do cenário que viu ao sobrevoar a área devastada pelo rompimento da barreira.

“Difícil ficar diante de todo esse cenário e não se emocionar. Faremos o que estiver ao nosso alcance para atender as vítimas, minimizar danos, apurar os fatos, cobrar justiça e prevenir novas tragédias como a de Mariana e Brumadinho, para o bem dos brasileiros e do meio ambiente”, declarou Bolsonaro.

De acordo com informações de Netanyahu, a delegação de Israel deverá chegar ao local da tragédia no domingo (27), com equipamentos que auxiliarão no resgate das vítimas

A prefeitura de Brumadinho pediu que a população mantenha distância do leito do Rio Paraopeba, que é um afluente do São Francisco. Foto: Douglas Magno/AFP

Danos humanitários

Mortes, destruição ambiental e material. Esse é o cenário desolador com o qual moradores e autoridades de Brumadinho, estão lidando após o rompimento de uma barragem de resíduos minerais de responsabilidade de empresa Vale do Rio Doce. O mesmo tipo de catástrofe aconteceu em 2015, na cidade de Mariana, com a barragem do Fundão que matou 19 pessoas. Porém, desta vez o número de vítimas deve ser maior.

O rompimento aconteceu em horário comercial, quando havia mais de 300 funcionários na empresa – parte deles estava no refeitório, almoçando, quando o local foi atingido pela enxurrada de lama. Há centenas de desaparecidos, segundo dados da Prefeitura de Brumadinho e da Vale, empresa responsável pela barreira.

Um ônibus inteiro foi encontrado com dezenas de mortos. A médica Marcelle Porto Cangussu foi a primeira vítima identificada da tragédia.

Os trabalhos de resgate estão sendo feitos pelos Bombeiros, Polícia Militar e Defesa Civil de Minas Gerais, que contam com ajuda de diversas corporações e técnicos de outros estados, como Rio de Janeiro e São Paulo.

O governo federal publicou decreto que institui o Conselho Ministerial de Supervisão de Repostas a Desastre. A finalidade é acompanhar e fiscalizar as atividades a serem desenvolvidas em decorrência do desastre.

O meio ambiente também foi seriamente atingido pelos dejetos liberados no rompimento da barragem. A lama atingiu o Rio Paraopeba, afluente do Rio São Francisco, que abastece a cidade.

O Ibama enviou equipes da coordenação de Emergências Ambientais para o local imediatamente após o primeiro alerta de rompimento. O órgão expediu multa de R$ 250 milhões à Vale pela “catástrofe socioambiental”.

Em nota, o Ibama afirmou que “os danos ao meio ambiente decorrentes do rompimento de barragens da mina Córrego do Feijão resultaram até o momento em cinco autos de infração no valor de R$ 50 milhões cada, o máximo previsto na Lei de Crimes Ambientais”.

 

Segundo a Vale, a área administrativa, onde estavam os funcionários, foi atingida, assim como a comunidade da Vila Ferteco. Foto: Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais

Números

Até ás 15 horas deste sábado (26), os números oficiais são:

14 pessoas mortas;

296 desaparecidas (sendo 166 funcionários da Vale e 133 empresas terceirizadas);

46 pessoas resgatadas.

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