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Polícia indicia padrasto e mãe em caso de morte de menino levado desmaiado a posto de saúde em Cidreira

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Foi concluído e encaminhado ao Judiciário nesta sexta-feira (25) o inquérito que investigou a morte do menino Anthony Chagas de Oliveira, de dois anos, em Cidreira, no Litoral Norte. A Polícia Civil indiciou o padrasto da criança, Diego Ferro, 21, por tortura e homicídio qualificado – por motivo fútil, contra um menor de 14 anos, meio cruel e sem chance de defesa.

A mãe, Joice Chagas, 26 anos, também foi indiciada pela morte do menino, mas somente por tortura. Para o titular da Delegacia de Polícia de Cidreira, delegado Rodrigo Nunes, ela foi omissa às agressões que o filho sofria pelo companheiro.

O óbito de Anthony ocorreu em 14 de outubro, após ele dar entrada, já desfalecido, no Posto de Saúde 24 horas do município. O menino apresentava marcas de violência pelo corpo.

Desde então, a Polícia Civil investigava o ocorrido e aguardava o resultado do laudo da necropsia – que foi entregue nesta semana pelo Instituto-Geral de Perícias – para concluir o inquérito. Conforme o delegado, o resultado da análise dos peritos concluiu que a vítima sofria com agressões constantes.

— A perícia concluiu que o menino era constantemente agredido. Ele tinha mais de 40 lesões pelo corpo. Eram ferimentos antigos e recentes nos braços, pernas, boca e no estômago — revelou Nunes.

A polícia suspeita de que as agressões tenham iniciado cerca de cinco meses antes da morte de Anthony, quando a mãe e o padrasto passaram a viver juntos.

Joice Chagas segue detida no Presídio Estadual Feminino de Torres pelo crime. A Defensoria Pública, que atua na defesa da mãe, informou que só irá se manifestar nos autos do processo.

Já Diego Ferro continua preso na Penitenciária Modulada Estadual de Osório. Para a reportagem, o representante do suspeito afirmou que ainda não pode fazer uma análise do ocorrido, pois não teve ainda acesso ao inquérito policial e aos laudos periciais. O advogado Celomar Cruz Cardozo ressaltou, no entanto, que acredita na versão dos fatos dada por seu cliente, de que o que ocorreu com o menino foi um acidente, e que, embora ele tenha tido culpa no episódio, não teve dolo.

Foto: Arquivo Pessoal

Fonte: Gaúcha ZH

 

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