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“Ela não tinha liberdade pra nada”, conta amiga de jovem morta pelo pai no oeste catarinense

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A jovem Poliana da Silva de Oliveira, de 24 anos, assassinada a tiros pelo próprio pai na última segunda-feira, dia 1º, em Galvão, no Oeste de Santa Catarina, vivia em uma situação de abusos e violência, segundo relatos de uma conhecida da vítima, que pediu para não ser identificada, ao Oeste Mais.

Foto: Arquivo Pessoal

“Ela não tinha liberdade pra nada. Ela sofria abusos, vivia trancada, ele (pai de Poliana) não deixava ela sair, tinha acesso ao celular dela, na casa tinha câmeras para vigiá-la, não podia sair sozinha. Onde ele ia, levava ela junto, onde ela tinha que ir, ele acompanhava. Não deixava ela sozinha por nada! Porém, ninguém podia falar nada a respeito porque ele era muito cruel, e descontaria nela”, relatou a mulher.

Antônio Marcos Pereira de Oliveira, de 45 anos, pai da jovem, invadiu a casa do sogro de Poliana e atirou contra a filha e o marido dela, Ewerton Bett de Oliveira, de 30 anos. O autor foi morto pelo pai de Ewerton. Outra pessoa também ficou ferida por tiros e foi encaminhada junto com o pai de Ewerton ao hospital.

Além de estupro, a Polícia Militar informou que Antônio tinha passagens por lesão corporal, ameaça, injúria, furto, rixa, desacato, perturbação do sossego e calúnia.

Ainda conforme informações repassadas pela conhecida de Poliana, a jovem e o marido residiram por um tempo em Galvão, porém, Antônio não deixava a filha ficar com Ewerton de maneira nenhuma. “Antônio construiu uma casa atrás da casa deles […] ela casou e continuou morando com o pai. Quando criou coragem e denunciou ele, Poli e Ewerton fugiram juntos para o Paraná”, conta.

Atualmente, o casal morava em Marmeleiro (PR) e estaria visitando o pai de Ewerton em Galvão quando o crime aconteceu.

“Pelas informações colhidas no local, tudo indica que o autor foi até lá por ter sido processado por sua filha por estupro”, disse o delegado em uma reportagem publicada pelo site g1.

Ainda de acordo com a fonte ouvida pelo Oeste Mais, Poliana tinha dois filhos. “A Poli apesar de tudo, era uma garota brilhante, inteligente e com um coração enorme, era bondosa e cheia de sonhos”, lamenta a mulher.

Antônio (no centro) atirou contra a filha, Poliana e contra o genro, Ewerton (à esquerda) (Fotos: Redes Sociais)

Ewerton e Antônio Marcos foram velados e sepultados em Galvão na terça-feira, dia 2. Já Poliana foi velada e sepultada em Marmeleiro, no Paraná.

Fonte: Oeste Mais

 

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