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Lula não visitará cidades atingidas por ciclone no Rio Grande do Sul

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu que não visitará as cidades devastadas pelas chuvas e pela passagem de um ciclone extratropical no Rio Grande do Sul. De acordo com auxiliares, o petista alega que não faz sentido inspecionar os estragos porque Geraldo Alckmin, como presidente em exercício, esteve na região no domingo.

Foto: Divulgação

O ciclone atingiu o Rio Grande do Sul no dia 4. As chuvas fortes prosseguiriam nos dias posteriores. Lula viajou para a Índia para a reunião do G-20 no dia 7 e só retornou ao Brasil na noite de segunda-feira. No próximo dia 15, o presidente irá para Cuba para encontro do G-77 e de lá seguirá para os Estados Unidos para participar da abertura da Assembleia Geral da ONU.

Nesta terça-feira, o presidente se reuniu, no Palácio da Alvorada, com 14 ministros para discutir a situação do estado. Após o encontro, Lula anunciou a concessão de um empréstimo de R$ 1 bilhão a empresas instaladas nas cidades devastadas. O dinheiro será liberado, segundo Lula, pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A medida foi anunciada em vídeo gravado ao lado de Alckmin. De acordo com o Planalto, a linha de crédito terá juro zero e carência de dois anos.

— Eu e o companheiro Alckmin acabamos de fazer uma reunião com a comissão que foi criada para tratar dos problemas do Rio Grande do Sul. Além dos R$ 740 milhões anunciados por ele no último domingo, nós tomamos uma decisão agora de fazer uma concessão de empréstimo do BNDES de R$ 1 bilhão para ajudar a recuperar a economia de todas as cidades. E ao mesmo tempo, a liberação de R$ 600 milhões do fundo de garantia (FGTS) para atender 354 mil trabalhadores que têm fundo de garantia.

Terão direito ao saque os trabalhadores residentes nas cidades atingidas que possuem contas do FGTS. O valor máximo permitido será de R$ 6.220. O governo calcula que o valor médio de saque será R$ 1.620.

O número de mortos por conta das chuvas intensas da última semana no Rio Grande do Sul chegou a 47, segundo novo balanço da Defesa Civil do estado, divulgado na manhã desta terça-feira.

A quantidade de municípios afetados também aumentou, chegando a 97. Antes, havia saltado de 88 para 93. No momento, são 4.794 desabrigados e 20.517 desalojados. O número de afetados saltou de 160.313 para 340.928. O de feridos, por sua vez, aumentou de 452 para 925.

O Ministério Público Federal (MPF) instaurou na sexta-feira um inquérito civil para apurar eventuais responsabilidades por medidas que poderiam ter sido tomadas no intuito de minimizar o estrago feito pelo ciclone

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