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Morre MC Marcinho, aos 46 anos, ícone do Funk

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Tido como o Príncipe do Funk, pioneiro do estilo no Rio de Janeiro e expoente da vertente melody, romântica, MC Marcinho morreu neste sábado (27), em consequência de problemas cardíacos que o deixaram internado desde 27 de junho. Cantor e compositor, famoso pelos hits “Rap do Solitário”, “Princesa”, “Glamurosa” e “Garota nota 100”, Márcio André Nepomuceno nasceu em Duque de Caxias em 1977, filho de um sambista, e foi criado em Bangu, na Zona Oeste do Rio.

Foto: Divulgação

Frequentador dos bailes funks, ele compôs ainda na adolescência o seu primeiro rap para um festival de galeras: o “Rap do solitário”, com o qual foi vencedor da disputa. Nos anos 1990, junto com a namorada, a MC Cacau, ele montou uma dupla, que lançou o CD “Porque te amo” (1997), pela gravadora Afegan, do DJ Marlboro.

Em 1998, Marcinho lançou o primeiro CD solo, “Sempre Solitário”, no qual incluiu a música “Garota nota 100”, com produção de Marlboro. No ano seguinte lançou “Valeu shock”, também produzido pelo DJ, que sofreu com a retração do espaço para o funk romântico, mas estourou a música “Motivos da vida”.

No início dos anos 2000, com a ascensão do funk mais erotizado e festeiro, MC Marcinho ficou um pouco afastado da mídia, mas logo conseguiria mais um hit: “Glamurosa”, com o qual atualizou seu estilo usando o elemento moderno do funk da época, o tamborzão. Composta com inspiração na apresentadora de TV Xuxa, a música se tornou o seu maior sucesso.

Em 2006, MC Marcinho sofreu um grave acidente automobilístico. Por conta das lesões que sofreu, chegou a se apresentar em uma cadeira de rodas e portando muletas até se recuperar. No ano seguinte, Lulu Santos gravou no CD “Longplay” uma música de sua autoria, “Se não fosse o funk”.

Em 2011, o MC lançou o CD/ DVD “Tudo é festa”, registro do show apresentado três anos antes no Circo Voador, no Rio de Janeiro, com as participações de Sandra de Sá, Flávia Santana, MC Sapão, Regina Casé, entre outros. Nesse mesmo ano viajou pelo país e se apresentou também em Portugal, Espanha e Moçambique. Em 2014, participou da coletânea “Pancadão das marchinhas”, produzida pelo DJ Dennis, com uma versão de “A jardineira” (Benedito Lacerda e Humberto Porto) e “Saca-rolha” (Zilda, Zé da Zilda e Waldyr Machado).

Os problemas de saúde foram uma constante nos últimos anos. Em janeiro de 2012, MC Marcinho foi internado com suspeita de pneumonia. Em 2019, teve um princípio de infarto e, no ano seguinte, baixou CTI após contrair a Covid-19. Em fevereiro de 2021, o artista ficou em coma por quatro dias em decorrência de uma infecção bacteriana no pé esquerdo, além de ficar mais três meses no hospital, pois a doença atingiu seu pulmão.

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