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Desaparecidos

Policia Civil diz que casal desaparecido no RS pode estar morto

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A Polícia Civil acredita que Rubens Heger de 85 anos e Marlene Heger de 53 anos já estejam mortos. Os moradores de Cachoeirinha desapareceram no dia 27 de fevereiro e, desde então, não foram mais vistos. “O celular deles está desligado desde o dia 1° de março. Quem fica todo esse tempo sem celular? Além disso, o seu Rubens tinha diversos problemas de saúde. Pelo tempo que ele deve estar sem acompanhamento, já acreditamos que, infelizmente, estejam mortos”, afirma o delegado Anderson Spier, titular da 1ª Delegacia de Polícia de Cachoeirinha.

Segundo Spier, a principal suspeita do crime é a filha adotiva de Rubens. Os policiais cumpriram mandado de busca e apreensão na casa dela e apreenderam: sete celulares, agulhas de insulina, veneno de rato, um notebook e dois HDs externos. Os peritos, com uso do luminol, identificaram manchas de sangue no carro da filha. Agora, eles analisam se o sangue é o do casal desaparecido. “Estamos aguardando o resultado da perícia para poder avançar no caso”, afirma o delegado.

Foto: Arquivo pessoal

 

Filha já foi ouvida pela polícia

De acordo com o delegado, a filha – que não teve o nome divulgado – já foi escutada. Em depoimento, ela contou que no dia 27 de fevereiro foi buscar o casal para que passassem o feriado de carnaval com ela. A chegada da mulher na residência do pai foi registrada por câmeras de segurança.

Recepcionada pela madrasta, Marlene, a mulher ingressou na residência. Cerca de quatro horas depois, o vídeo mostra o neto do idoso manobrando o carro do pátio para dentro da garagem, de ré. Colchões são colocados em pé na frente do veículo, obstruindo a visão. Sobre esse movimento, a mulher disse que o pai pediu para que ela colocasse os colchões ali para que fossem arejados. Porém, familiares relataram que os colchões eram novos e ainda estavam embalados.

Cerca de quatro horas depois, o Fiesta deixa o imóvel. A filha de Rubem fecha o portão, entra no carro e parte. Não é possível ver se o casal desaparecido estava no veículo. Ela afirma que ajudou o pai em mudanças, vendendo itens para vizinhos. O objetivo era arrecadar dinheiro.

Ainda na conversa com a polícia, a mulher relatou que durante o feriadão o pai tinha dito que queria visitar um amigo em Guaíba. Ela ainda contou que sentiu-se mal e foi buscar atendimento médico em uma UPA de Canoas. Ao retornar para casa, o casal não estava mais, e pela fala do pai, ela não se preocupou.

Questionada pelos policiais de como o casal foi até Guaíba, a filha disse que eles devem ter usado transporte por aplicativo. O delegado confirma que pediu informações para as plataformas. “As empresas nos responderam que o casal não solicitou corridas nesses dias”, afirma Spier.

 

Ficou em silêncio

O neto do idoso, filho da mulher em que os policiais cumpriram mandado de busca e apreensão, foi intimado para prestar depoimento. Acompanhado do advogado de defesa, Rodrigo Schmitt, ele ficou em silêncio. “O jovem tem esquizofrenia e quem fala por ele é a mãe. Por isso, achei melhor que ele ficasse calado. A mulher, que também é minha cliente, deu depoimento por mais de seis horas”, conta o defensor.

 

Ajuda nas investigações

Spier ressalta que quem tiver informações que possam auxiliar a polícia, deve entrar em contato pelo telefone da 1ª DP de Cachoeirinha (51) 3470-1122 ou por meio do Disque Denúncia da Polícia Civil, no 181.

Fonte: Agência GBC
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