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Educação

UFRGS anuncia criação de casa estudantil só para indígenas

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A Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) confirmou, nesta quarta-feira (30), que vai criar uma casa para estudantes indígenas. De acordo com a instituição, ainda não há data definida para a mudança. Nesta semana, ocorre a adaptação do imóvel para que passe a funcionar como uma moradia estudantil.

Alunos indígenas ocupam há quase um mês o antigo prédio da Secretaria Municipal da Produção, Indústria e Comércio (Smic) para reivindicar uma casa do estudante específica para a sua etnia. A mobilização começou depois de denunciarem que sofriam preconceito no imóvel que já existe.

Grupo ocupa prédio da prefeitura desde o dia 6 deste mês — Foto: RBS TV/Reprodução

“[Isso] é muito importante porque o nosso modo de viver é diferente. A gente não é aceito [na casa do estudante], a gente sofre no nosso dia a dia. Houve um caso de uma colega que esteve aqui na ocupação com a gente e, quando chegou na casa, tinha um cacho de banana podre na porta dela”, lamenta Tailine Kaingang, estudante de odontologia da UFRGS.

Os alunos vão acompanhar a Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (PRAE) em uma visita prevista para esta quarta-feira (30). Na ocasião, eles poderão avaliar e opinar a respeito das adequações.

O imóvel onde antes funcionava a creche da universidade, localizado junto ao Campus Saúde, na Rua São Manoel, no bairro Santa Cecília, em Porto Alegre, será transformado na casa do estudante indígena.

“É um local adequado para nós e, principalmente, para as nossas crianças”, concorda Tailine.
Todas as despesas da casa serão custeadas pela UFRGS, assim como acontece nas demais casas do estudante da instituição.

“É um momento muito especial para nós. Essa é uma demanda antiga, anterior à ocupação, de pelo menos 10 anos. Tivemos que realizar essa ocupação para que realmente pudéssemos obter os nossos direitos aqui dentro da universidade”, comemora Tailine.

Ao todo, a UFRGS tem cerca 80 estudantes indígenas e a instituição afirma que o imóvel pode acolher todos, inclusive os filhos dos alunos. A universidade entende que o local escolhido conta com segurança e espaço adequados para as crianças.

Fonte: G1

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